segunda-feira, outubro 02, 2006

Atividade 1 - Eu e a Ilha

Meu marido e a mariana quando ela tinha 4 meses

Meu nome é Sabrina, tenho 30 anos, sou sempre bem-humorada e, modéstia a parte, bastante inteligente. Sou casada com o Fernando, ele tem um bar, e tenho a mariana, que tem quase 8 meses e é a criança mais linda do planeta. Moro em Cachoeirinha e trabalho em Gravataí, na Escola Ladislau de Oliveira Nunes. A escola é bem longe da minha casa, preciso pegar 2 ônibus e levo 1h para chegar lá. Poderia trabalhar em uma escola mais perto, mas eu adoro aquela escola, me identifico com a comunidade e com as outras pessoas que trabalham lá.
Me tornei professora por genética e por que fui obrigada. Na família do meu pai todas as mulheres são professoras, na da minha mãe ela e outra tia. A minha mãe já está quase se aposentando, dá aula em Gravataí e em Cachoeirinha, é formada em Letras. Quando me formei no ensino médio em Análises Químicas, fiquei uns 2 anos sem conseguir emprego. Cansada de me ver sem fazer nada a minha mãe me matriculou á força num curso de Magistério especial, onde se fazia as didáticas em 1 ano e o estágio em 6 meses. Quando fui para o estágio não sabia nada, o curso foi fraquíssimo. Aprendi a dar aula na prática, aos trancos e barrancos. E me apaixonei.
A minha vivência hoje é a alfabetização. Eu adoro a 1ª série, a emoção de ver uma criança lendo a sua 1ª palavra, o entusiasmo, a felicidade da conquista. Eu acho que o que eu faço (o que nós fazemos!!) é a coisa mais importante que alguém pode fazer pela sociedade. Eu sinto que o meu trabalho é importante.
Tenho ousadia para dizer que não deixo nada a desejar para quem já tem curso superior. Não tenho medo de nada (Deus que me perdoe!!), e quero dialogar sobre tudo.
Fazendo algumas considerações sobre o conto, percebi que o Saramago é muito perspicaz nas relações humanas: a mulher que toma a decisão e vai atras do homem que sabe o que está procurando, do homem que só percebe esta mulher através da sua beleza.Da nossa busca pela ilha desconhecida que é o outro. Das ilhas conhecidas que somos nós mesmos. E do nosso conhecimento póprio através do outro. Ele também mostrou a burocracia do poder político, que atrasa a vida de todos.
Eu acho que toda vez que ler este conto vou perceber coisas novas, enxergar outras perspectivas. Adorei!